A certeza do futuro

Entre 2010 e 2011 passei pela contratação de ajuda para a gerência do Khan el Khalili, passei a estar mais do lado de fora, necessidade minha de me reencontrar após um divórcio. Posso afirmar que estive quase a desistir, numa altura em que já nada parecia fazer sentido dou por mim a questionar o que realmente queria e obtive a resposta de quem me via a trabalhar, “tu gostas do que fazes e isso vê-se por isso só tens que lutar pelo teu negócio.”

Voltei a assumir as rédeas, voltei a ter que construir a minha identidade, a identidade do Khan el Khalili, foi desafiante, foi desanimador nuns dias, noutros uma sensação de conquista gratificante.

Nesta altura o meu sócio, Benji, já pouco estava presente, consequência da Primavera Árabe vivida no país. Senti-me sozinha muitas vezes, outras agarrei-me aos elogios dos clientes, às conversas longas com o staff fora de horas e ao apoio fundamental do meu companheiro de vida, mas a única certeza é que eu amava o que fazia e esse era o meu combustível para continuar.

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